terça-feira, 1 de novembro de 2011

Neymar, o melhor do mundo

Eis que, finalmente, a Fifa e a revista France Football se deram conta que existe futebol de qualidade além das fronteiras da Europa. Já estava na hora de eles caírem na real e reconhecerem que a eleição do melhor jogador do mundo na temporada não pode se restringir ao Velho Continente. Vá lá que precisou surgir um talento como Neymar para os europeus se darem conta de que podiam estar, no mínimo, adotando um comportamento preconceituoso, senão injusto com craques espalhados pelo mundo.

Neymar, colocado numa pré-seleção dos 50 melhores, já foi reclassificado para o corte que desembocou numa lista com 23 candidatos ao prêmio de melhor do mundo. E, convenhamos, se não houver marmelada nessa votacão, o brasileiro deve ir passando por todos os filtros, até chegar, pelo menos, entre os três maiores jogadores do planeta bola. Provavelmente ao lado do argentino Messi e qualquer um outro _ seja ele quem for, por certo não há de chegar aos pés desses dois monstros.

O Diário de S.Paulo de hoje traz uma interessante reportagem em que compara a performance dos dois jogadores no período em que ambos iniciavam a carreira. E os números são absolutamente favoráveis a Neymar. Isso não quer dizer que ele é, cientificamente, melhor do que o argentino. Mas aponta para uma certeza revelada por gente que entende muito de bola, como Pelé e Muricy. Para os dois, a escolha de Neymar como o melhor jogador do mundo é uma questão de tempo. Se não for ainda este ano, certamente não vai passar de 2014, ano da Copa, ano programado para a exuberância do futebol de Neymar encantar o mundo.

A Fifa e a France Football não fariam favor nenhum se concedessem, já este ano, o troféu Bola de Ouro para o menino craque do Santos. Pois, ninguém como ele, em nenhum lugar do mundo, fez do futebol um exercício de magia e diversão. Neymar joga profissionalmente como um menino que brinca no campinho do bairro, incluída nessa licença poética toda a carga de picardia, alegria, ousadia e irreverência que só se encontra no imaginário de cada um de nós. Neymar brinca com a bola, e se diverte. Por isso não se cansa de jogar, mesmo estando perto de superar o limite desumano de 60 partidas na temporada.

Neymar é desses talentos que nascem predestinados. Ora lembra Pelé, ora Maradona. Ora é Zico, Platini, Garrincha, Didi, Puskas, Di Stéfano...Quando não é uma mistura de todos eles ao mesmo tempo, como se fosse um desses jogadores de Playstation, aos quais a gente pode dar atributos e competências especiais. Neymar é top em velocidade, criatividade, arranque, domínio de bola, preparo físico, visão de jogo, finalização, drible...Neymar não parece real, parece mais um avatar construído pelos nossos sonhos de um jogador ideal. Neymar é tudo o que a gente quis ser um dia.

O menino que encanta os torcedores e leva ao delírio as fãs é uma máquina de jogar bola. E só não será eleito o melhor do mundo este ano se a Fifa e a FF acharem que ainda não é hora de deixar de fazer média para fazer justiça.

Os deuses da bola estão de olho e vão cobrar o resultado das urnas. Se meu voto puder mudar alguma coisa, ele já está dado. Neymar em primeiro e o resto em segundo lugar!

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