O que mais me choca nesse novo episódio de agressaão a jogador de futebol não é a covardia dessa gente. O que me causa mais espanto é a prepotência de achar que, agindo assim, esses tolos vão resolver os problemas do clube. Os que agrediram o indefeso Joao Vítor, hoje à tarde, no Palmeiras, devem ter fugido pra casa acreditando que agora o Verdão vai ganhar do Flamengo, embalar uma sequência de vitórias, ultrapassar os líderes e ser campeão brasileiro. Como se isso fosse possível assim, na base da força bruta, da ignorância, da irracionalidade.
Não há, em toda a história do futebol, casos em que a violência deu resultado. Pelo contrário. Pegue todos os casos recentes, de Edílson a Vágner Love, e veja que os clubes só foram prejudicados pelos bandos de tolos que confundem paixão com banditismo. Cenas como a de hoje só vão acabar quando a Polícia e o Ministério Público entrarem firme nesse jogo e botarem na cadeia quem não sabe viver em liberdade.
Se minha conta não está errada, só há um torcedor preso em todo o Estado de São Paulo, culpado pela morte de um rival numa briga entre são-paulinos e palmeirenses, há alguns anos. É pouco, na medida em que só ele atrás das grades deixa cada dia mais patente a ideia de que, também para os valentões do futebol, a impunidade é um escudo.
Aí está uma boa oportunidade para o promotor Paulo Castilho fazer mais do que mero marketing em favor dos homens de bem que ainda existem (e resistem) no futebol.
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